julho 18, 2013

único raio de sol.

Vi um raio de sol despontar no horizonte
por detrás daquele céu turbulento e cheio de mágoas, de um cinza massante, um raio de sol brigava pelo seu lugar.
Furava uma nuvem ou outra que passava, e se aproveitava dos breves intervalos para forçar-se ainda mais por entre aquela massa espessa de pesar.
E como era pesado o pesar.
Por vezes pesava no céu e se precipitava em lágrimas que molhavam o chão, por outras se revoltava em trovões e raios que cortavam minha alma. Em uma revolta por não curar-se de si.
Quem disse que depois da tempestade vinha a bonança não conhecia o meu infinito universo, tão pouco poderia medi-lo ou prevê-lo com unidades meteorológicas ou aparelhos tecnológicos. Nem mesmo eu poderia faze-lo.
A garoa fina era inisistente e gélida, e tomava conta de mim.
Mansa, chove, e chove, calada,, doída, fria.
E persiste enquanto pode.
Maldito nome, maldita sina, maldita eu e nós e todo o resto, maldito frio.
Trovoadas ressonando sem a menor piedade por entre meu corpo, terremotos, maremotos, e todo o resto, me partindo em dois, em dez, em mil.
Maldito nós, maldito você e eu, maldita sina.
Um Universo caótico, desmoronando, se abrindo em valas e Canyons, calamitoso.
Cuspindo lava, chovendo frio.
Por que raios há de haver um raio de sol ali?

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